Rafinha Bastos - Rubens Cavallari/Folhapress |
O
humor é subjetivo, cada um entende como engraçado ou como cômico aquilo que lhe
convém. Concordo com o autor do artigo quando ele diz que a piada sobre Wanessa
Camargo foi extremamente infeliz e desrespeitosa. Mas será que é realmente
necessário fazer toda uma especulação ao redor do fato? Eu acredito que não.
Para mim, bastaria um pedido de desculpas ao vivo, reconhecendo que a piada foi
ofensiva e de mau gosto e pronto. O que acontece é que o marido de Wanessa
Camargo é dono de uma agência de publicidade que produz anúncios para o CQC, e
logo que o fato aconteceu, ele já se mostrou extremamente desconfortável e
divulgou sua insatisfação aos quatro ventos, inclusive ao seu sócio Ronaldo
(“fenômeno”), que é amigo de Marco Luque. O que eu penso é que a Band e a
Eyeworks (dona do formato CQC), que não são bobas nem nada, preferiram afastar
o humorista por tempo indeterminado do que arriscar perder algum anunciante. Ou
seja, é melhor agradar o “poderoso” anunciante, do que perder dinheiro.
A
piada foi um lixo, desrespeitosa e desnecessária? Foi. Isso não podemos discutir.
Precisava de toda essa “inflamação”? Não. E digo mais, se não fosse a
“grandiosa” Wanessa a ofendida e o “grandioso” Marcos Buaiz anunciante do
programa, a situação seria outra. Podemos até lembrar de outra situação (que eu
considero mais grave que a de Rafinha), onde Bóris Casoy ofendeu garis que
desejavam feliz ano novo aos telespectadores do Jornal da Band não foi suspenso
pela emissora, pois tinha nenhum “peixe grande” envolvido. Resultado: no dia
seguinte lá estava Bóris, com um pedido de desculpas esdrúxulo e esfarrapado,
como se nada tivesse acontecido. Que diferença, não?
Agora a relação Rafinha e Band está totalmente desgastada, e existem boatos de que Rafinha seria uma das estrelas do canal por assinatura Fox Sports. Será?